Postado em quinta-feira, 17 de novembro de 2016 às 10:26

Conclusão de inquérito sobre morte de Vanessa Mega gera questionamentos

A universitária Vanessa Mega foi morta a tiros em 1996 e 20 anos após o assassinato o caso continua gerando polêmica.


 Da Redação

Um dos homicídios de maior repercussão de Alfenas continua gerando polêmica 20 anos após o ocorrido. A universitária Vanessa Mega foi morta a tiros em 1996 e 20 anos após o assassinato o caso continua gerando polêmica.

As investigações passaram por dez delegados nesses 20 anos de investigação. No final de outubro, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da universitária e apontou que a jovem foi vítima de um latrocínio.

O caso foi em novembro de 1996, quando a estudante de medicina chegava de uma festa. Ela estacionou o carro em frente à garagem do prédio onde morava, quando foi abordada por um homem que atirou em seu pescoço. As investigações apontaram para um crime encomendado, mas não conseguiu provas.

Em setembro, a Justiça autorizou a derrubada de um muro, onde havia suspeita de estar a arma utilizada no crime. Em busca de justiça, Célio Mega, pai de Vanessa, assumiu a responsabilidade financeira pela recomposição do muro.

“Quebramos o muro onde foi apontado, não só neste local, mas em volta, quebramos tudo e não achamos essa arma. Então essa linha ficou frágil, por causa da ausência da arma. Como delegado, analisando os autos, não podemos acusar ninguém sem prova e pela prova que a gente apurou o caso está esclarecido”, afirmou o delegado Márcio Bijalon em entrevista à EPTV.

A conclusão no inquérito policial é José Carlos Becher de Souza foi quem matou Vanessa. Esse homem morreu em 1998 em um presídio no interior de São Paulo.

Para a Polícia Civil, apesar do suposto ladrão não ter levado nada da vítima, a tese é a que se sustenta. Ela teria reagido ao assalto com gritos e, por isso, baleada.

Contestação

A conclusão da Polícia gera contestações. Os pais de Vanessa moram em Mococa (SP) e afirmaram que esta nova versão não foi devidamente investigada. "Nós temos uma testemunha ocular do crime, que não foi respeitada, até prescrever o crime”, afirmou o pai da estudante ao G1.

Como em anos anteriores, o jornalista Juquiel dos Santos colocou uma faixa em frente o Fórum Milton Campos e, dessa vez, também o seu protesto espalhou em outros pontos da cidade. Na faixa ele aponta que o caso desafia o Judiciário. 

Santos disse que, há cinco anos, encontrou uma testemunha que teria presenciado o crime. A morte, segundo a testemunha, pode ter sido encomendada por uma pessoa da cidade que teria um caso com Vanessa. “Foi um crime passional”, afirmou.

O novo inquérito foi entregue para o Ministério Público que pode arquivar o caso ou solicitar que a polícia faça novas investigações.

A universitária Vanessa foi morta em novembro de 1996 (Foto: Reprodução)



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